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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Argemiro Alves de Melo responde pela morte da operadora de caixa Ana Maria Lima


Quase dois anos após o crime, o aposentado Argemiro Alvez de Melo, de 62 anos, é julgado nesta segunda-feira (23), acusado de matar e ocultar o cadáver de sua ex-esposa, a operadora de caixa Ana Maria Lima. Segundo o juiz Geraldo Amorim, o filho de Argemiro, Aldomiro Wanderley Alves, também é julgado nesta segunda, mas apenas sob acusação de ocultação de cadáver.

"Trata-se de um crime bárbaro e cruel, onde a vítima foi morta a facadas e marteladas", comentou o magistrado, acrescentando que a demora para o julgamento se deu devido à burocracia e a sequência de recursos encaminhados pela defesa.



Argemiro Alves é julgado nesta segunda (Foto: Adelaide Nogueira)
O advogado de Argemiro, Alexsandro Farias, explicou que a defesa vai tentar desclassificar a tese sustentada pelo Ministério Público de que Argemiro, que é réu confesso, teria cometido um homicídio duplamente qualificado. "Sustentamos a alegação porque houve uma discussão antes do assassinato", esclareceu.

No entanto, de acordo com o promotor José Antônio Malta Marques, Argemiro teria 'plantado' a agressão, simulando uma briga anterior. "O MP segue com a tese de homicídio doloso duplamente qualificado, porque segundo o que foi levantado por depoimentos, ele já estava pensando em cometer o crime há muito tempo. Houve perversidade. A vítima foi atingida com oito golpes de faca peixeira", lembrou o promotor.

Já a acusação contra Aldomiro é baseada em uma deficiência de Argemiro e em outros depoimentos de testemunhas. "Argemiro tem um problema em uma das mãos de modo que ele não conseguiria arrastar o corpo. Além disso, tivemos depoimentos de pessoas que testemunharam que Aldomiro esteve na casa de Ana Maria naquele mesmo dia", explicou.

O CRIME

A operadora de caixa Ana Maria Lima, de 27 anos, desapareceu no dia 12 de setembro de 2008. Apenas dez dias depois do crime, a polícia conseguiu encontrar o corpo na própria residência da vítima, situada na Travessa Pau-Brasil, no bairro de Chã da Jaqueira.

De acordo com os policiais, o corpo estava dentro de um buraco envolvido num saco plástico. O local foi coberto com concreto e revestido com cerâmica. Um sofá foi colocado em cima da desova, na tentativa de dificultar a descoberta do corpo.



Segundo Jeisiel, irmão de Ana Maria, a família tinha certeza que o corpo estava escondido na casa da vítima (Foto: Marcela Calado)
Durante todo o processo de busca, Jesiel Lima, de 30 anos, irmão da comerciária, acompanhou todo o processo de busca e escavação do local. Segundo ele, o ex-cunhado tinha a chave da casa de Ana Maria e frequentava o local para fazer pequenos serviços de manutenção.

À época, o irmão de Ana Maria disse que a vítima vinha sofrendo diversas ameaças por parte de Argemiro, além de várias tentativas de maus tratos. “Ele chegou até a colocar pedaços de vidros no creme vaginal que ela usava”- relata.

A mãe de Ana Maria recebeu diversas ligações da filha dizendo que Argemiro iria assassiná-la e 'que ninguém, nunca mais, saberia do seu paradeiro'. “Ela tinha muito medo do que ele poderia fazer com ela. Ela sabia do que ele era capaz.”

Devido às ameaças, a operadora de caixa pensava em sair do Estado para fugir do ex-marido. No entanto, segundo o irmão, o emprego que havia conseguido em um supermercado fez com que Ana Maria desistisse do plano.

Argemiro conviveu com Ana Maria por oito anos e, juntos, tiveram uma filha que estava com sete anos à época do homicídio. Eles estavam separados há um ano mas, apesar disso, segundo o acusado, nunca tiveram problemas. “O relacionamento acabou porque não dava mais certo”, afirmou ele, que esteve presente no dia da perícia da casa de Ana Maria, onde foram encontrados vestígios de sangue na suíte, na sala e em um tapete que estava no sótão da casa.

Um reagente semelhante ao usado no caso da morte da menina Isabela Nardoni, em São Paulo, ajudou na descoberta de que havia sangue no local.

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